Marcelo diz que Moedas tem “responsabilidade política” mas considera que não faz sentido falar em demissão

O Presidente da República considera que o presidente da Câmara de Lisboa tem “responsabilidade política” sobre o descarrilamento fatal do elevador da Glória, no entanto defende que não faz sentido falar em demissão a um mês de eleições autárquicas.
“Estar a debater a responsabilidade política e dizer que isso implica demissão quando se está a um mês de eleição é não perceber que o juízo sobre a responsabilidade política em cargos eletivos é dos eleitores “, disse, este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, à saída do cemitério do Alto de São João, após o funeral de uma das vítimas mortais do trágico incidente, que ocorreu na quarta-feira.
No entanto, fez questão de reiterar que “responsabilidade política há”, pois quem está à frente de qualquer instituição pública “está sujeito a um juízo político por aquilo que aconteça de menos bem nessa instituição, mesmo que sem culpa nenhuma mesmo que em intervenção nenhuma”, sublinhou.
“O problema é saber como é que se efetiva a responsabilidade” e, para isso “é preciso ter o relatório completo”, acrescentou.
Sobre o facto de o presidente da Carris ter colocado o seu lugar às disposição, o chefe de Estado disse compreender a atitude de Pedro Bogas, mas considera que Carlos Moedas “fez bem” em não a aceitar, nesta fase.
Marcelo sublinhou ainda que é importante “a responsabilidade objetiva não morrer solteira”. “Isso é que não pode acontecer. Se não onde é que paramos? Quantos mortos são necessários para haver responsabilidade?”, acrescentou.
Jornal Sol